Baixa produtividade e dificuldade na definição dos preços são obstáculos a biocombustíveis

 

Todos os participantes da palestra “Biocombustíveis: Políticas Públicas e o Impacto no seu Desenvolvimento” concordam que o biocombustível tem enorme potencial no Brasil. O diretor do Departamento de Combustíveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, abriu a apresentação sugerindo que o nome da feira passe a ser Rio Oil,Gas & Biofuels, pela importância do tema.  São unânimes em afirmar que ainda há obstáculos a superar.

O biocombustível é a chave no processo de redução de emissões em um mundo que tem hoje 2 bilhões de veículos e 99% deles a gasolina e diesel, destacou Dornelles. O setor, contudo, terá de enfrentar e superar desafios, como a baixa competitividade, o debate sobre o uso da terra e de recursos naturais e a dificuldade na precificação da matéria prima que não é própria do setor.

A perspectiva, destacou, é positiva e um dos fatores é o potencial de crescimento de produção de insumos. “Nos últimos 50 anos, a produtividade cresceu 46% (cana) e 164% (milho) no Brasil. Há espaço para crescer mais”. Lembrou que a regularidade de suprimentos é decisiva para a evolução da indústria, que junto ao preço e a qualidade compõem uma política energética brasileira para biocombustíveis. Outro dado positivo mencionado por Dornelles foi o aumento na demanda de combustíveis leves no Brasil, que cresceu 8% ao ano desde 2006.

O presidente da Datagro, Plinio Nastari, desenhou um cenário mais preocupante, com a fabricação de açúcar em queda há três anos e a produção de álcool caindo de 27,5 bi de litros na safra 2013/2014 para 26,2 bi de litros na safra 2014/2015. Segundo ele, entre os motivos estão as adversidades do clima, a crise financeira de 2008/2009 e as novas doenças trazidas pela palha que danificam equipamentos e encarecem a produção.

A principal causa, destacou, são “os efeitos da política distorciva do governo, com o subsídio direto no preço da gasolina e a eliminação da Cide, que representava R$ 0,28/litro”. Com o fim da Cide, estimou uma perda de receita de R$ 9,6 bi/ano: “Isso explica o aumento do endividamento do setor, que superou R$ 66 bi no fim de 2013”. Segundo ele, os investimentos serão retomados quando “houver uma percepção de intervenção mínima do governo no setor”.

Alan Hiltner, vice-presidente da Granbio, disse acreditar que surge uma nova perspectiva com a indústria de biocombustíveis de segunda geração. A empresa abre no Brasil uma unidade de fabricação de etanol celulósico nas próximas semanas. “É muito mais simples de implantar do que foi a de primeira geração e a de álcool. Basta resolver o problema da propriedade intelectual que é demorada no Brasil e reduzir o Capex”, destacou.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Rio Oil & Gas

 

www.riooilgas.com.br

 
 
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