A 14ª Rodada de Licitações registrou uma arrecadação de R$ 3,8 bilhões com o bônus de assinatura de 37 blocos. Sozinha, a Bacia de Campos respondeu por 95% desse valor. Oito blocos localizados em águas profundas foram arrematados por Petrobras e Exxon – em um deles, o consórcio ofereceu um ágio de 8.819%, bem acima das ofertas das concorrentes Shell, Repsol, CNOOC, Total e BP.
“Não pagaríamos o valor que pagamos se não tivéssemos informações que demonstram que vale”, justificou o presidente da companhia, Pedro Parente.
A entrada da Exxon foi o ponto alto da Rodada. A petroleira desembolsou ao todo R$ 1,9 bilhão.
Com base nos programas exploratórios estipulados nas ofertas, a Agência Nacional do Petróleo estima que todas as áreas arrematadas receberão mais R$ 845 milhões em investimentos.
Não fossem as áreas em águas profundas da Bacia de Campos, a 14ª Rodada tinha tudo para ser um fiasco. O percentual de áreas arrematadas (13%) só foi maior que o registrado na 5ª Rodada. A Bacia de Santos, por exemplo, teve apenas um bloco adquirido entre os 76 ofertados.
A ANP ainda prevê que o Programa Exploratório Mínimo para essas áreas resulte em um investimento de mais R$ 845 milhões.
Algumas das áreas que não foram arrematadas deverão entrar em uma espécie de oferta permanente, e as petroleiras poderão adquiri-las a qualquer momento, independentemente da realização de uma Rodada. O diretor da ANP também antecipou que a 15ª Rodada, agendada para maio de 2018, será dividida em duas – uma só com blocos terrestres e outra com áreas offshore.
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