Pelo terceiro ano consecutivo o resultado financeiro da Petrobras ficou no vermelho. Agora há pouco a empresa anunciou prejuízo líquido de R$ 14,8 bilhões em 2016 – menor que o prejuízo de R$ 34,8 bilhões registrado em 2015. O principal fator que motivou o resultado negativo, mais uma vez, foi o impairment (reavaliação de ativos e investimentos), no valor total de R$ 20,9 bilhões.

No ano, a receita líquida somou R$ 282,6 bilhões, o que corresponde a uma queda de 12% na comparação com 2015, devido à queda em volume total de vendas.

O destaque positivo ficou por conta da redução de 20% na sua dívida – que no final de 2016 somou R$ 314,1 bilhões, ainda a maior dívida entre as empresas de petróleo e gás. A relação entre a dívida líquida e o Ebitda caiu para 3,54 vezes – no final de 2015 ela estava em 5,11 vezes. A meta da Petrobras é chegar a uma relação de 2,5 vezes até o fim de 2018.

"A empresa ainda tem uma dívida importante e nosso trabalho precisa continuar para reduzirmos a nossa dívida a patamares razoáveis", disse o presidente da empresa, Pedro Parente.

A empresa também pretende ampliar os investimentos. Para este ano estão o orçamento prevê US$ 19,8 bilhões em 2017, um aumento de 17% em relação aos US$ 16,9 bilhões investidos em 2016, e equivalente aos US$ 19,5 bilhões gastos em 2015. Na comparação com outras grandes petroleiras, o orçamento para 2017 está atrás da Shell (que pretende investir US$ 25 bilhões), Exxon (US$ 22 bilhões) e Chevron (US$ 20 bilhões), mas acima de Total (US$ 17 bilhões), BP (US$ 17 bilhões) e Statoil (US$ 11 bilhões).