Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

São Paulo, 20 de março de 2017

Estudo identifica melhorias para fluxos logísticos de produtos químicos

 

Com a maior utilização dos modais ferroviário e aquaviário, a indústria pode ter uma economia substancial no transporte de produtos químicos. É o que apontou o “Estudo de Logística – II Fase”, elaborado pela consultoria Legio sob encomenda da Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim. O estudo identificou as rotas do setor que devem migrar do modal rodoviário para o aquaviário, dutoviário e ferroviário levando em consideração os volumes transportados, as distâncias percorridas e a infraestrutura existentes.

As informações irão subsidiar o Plano Nacional de Logística Integrada - PNLI, da Empresa de Planejamento e Logística - EPL.

Atualmente, as rodovias concentram a maior parte das 132 milhões de toneladas de produtos químicos transportados no País – principalmente por falta de infraestrutura adequada, transporte ineficiente e sem atendimento a rotas com nível de serviço mínimo dos modais ferroviário e aquaviário, 88% das viagens inferiores a 500 quilômetros, 95% das viagens entre 1 mil e 1,5 mil quilômetros, 92% das viagens de 1,5 mil a 2 mil quilômetros e 82% em distâncias superiores a 2 mil quilômetros são feitas por caminhões. No entanto, o custo médio de cada km percorrido nas melhores rodovias brasileiras é de R$ 2,75 – podendo chegar a R$ 5,23 nas vias em péssimo estado de conservação. Nos EUA, que foi citado no estudo por compartilhar dimensões continentais e uma indústria química desenvolvida, o custo médio de cada km percorrido é de R$ 2,50.

O estudo recomenda que os volumes superiores a 60 mil toneladas por ano, que sejam conduzidos em rotas entre portos e próximos a costa, que possam percorrer distâncias marítimas superiores a 300 km e possam contar com um modal de larga escala até chegar a algum porto deveriam migrar do modal rodoviário para o aquaviário. A migração para o modal ferroviário deve ser feita nos casos em que os volumes transportados sejam superiores a 50 mil toneladas por ano, percorram distâncias superiores a 200 km e contem com um trecho ferroviário na rota. A migração para o modal dutoviário deve ser feita para os volumes superiores a 50 mil toneladas por ano, distâncias inferiores a 200 km e já exista uma faixa de servidão de outros dutos na rota.

 
 
 

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