Apesar da desaceleração da economia, dos elevados níveis de endividamento e do excesso de capacidade de alguns produtos químicos, a China continuará a dominar o mercado petroquímico global, tanto em termos de consumo como de produção, mas o crescimento moderará nos próximos anos. De acordo com a análise da IHS Markit, o crescimento da demanda chinesa para produtos químicos será mais lento – entre 5% e 7% – nos próximos quatro anos, significativamente abaixo da taxa de crescimento histórico.

Até 2015, a China representou um terço da demanda global por produtos químicos base, e hoje, é de longe, o maior país consumidor e produtor do mundo. Mas a partir de 2012 o crescimento da demanda de produtos químicos começou a mostrar sinais de fraqueza. Investidores chineses fizeram a maior parte desses investimentos não convencionais durante períodos de altos preços do petróleo, quando a rentabilidade era muito atraente. Com o colapso do preço do petróleo espremendo a rentabilidade destes produtos, os investimentos se retraíram, e agora começam a ser retomar a curva de subida. "Vários megacomplexos petroquímicos integrados estão em construção ou em planejamento. Devido ao crescimento mais lento da demanda e ao planejamento agressivo do crescimento da capacidade, a China se tornará mais autossuficiente. A porcentagem de materiais de importação diminuirá, mas o volume absoluto de importação continuará a crescer", disse o vice-presidente de produtos químicos da China na IHS Markit, Paul Pang.

Outro fenômeno observado na China é a maior produção de produtos químicos especiais – a IHS Markit prevê que as vendas de especialidades na China cresçam cerca de 6,5% ao ano de 2015 a 2020, para mais de US$ 175 bilhões, superando a América do Norte como o maior mercado de especialidades químicas.