Diante das expectativas de elevação da demanda de combustíveis, e sem investimentos em novas refinarias no radar, a perspectiva é de que o Brasil consolide sua posição de exportador líquido de petróleo e importador líquido de derivados nos próximos anos. A análise consta do 2º Boletim de Conjuntura da Indústria do Petróleo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética EPE.

A publicação aponta que o Brasil produziu, em média, 2.676 barris de petróleo por dia e exportou 662 mil barris no primeiro trimestre de 2017, enquanto importou 226 mil barris de derivados por dia para atender a demanda, uma vez que a produção interna média no período somou 1.845 mil barris por dia. A previsão da EPE é que a produção de petróleo alcance entre 4,5 milhões e 5 milhões de barris diários em 2026, quando a demanda interna seria de 3 milhões a 3,5 milhões de barris por dia.

O Boletim destaca ainda as iniciativas para estimular a concorrência e atração de novos investimentos no setor de abastecimento de combustíveis – como as elevações graduais do percentual de biodiesel na mistura com o diesel e o programa RenovaBio, que tem como objetivo expandir a produção de biocombustíveis no Brasil – e o programa Rota 2030 – que deve contribuir para mitigar a expansão da demanda por combustíveis fósseis.