A quantidade de projetos de desenvolvimento da produção aprovados este ano deverá ser o dobro do número observado em 2016, aponta o relatório "A big year for FIDs: 2017 marks a turning point", elaborado pela consultoria Wood Mackenzie. Na primeira metade do ano, 15 projetos atingiram a fase chamada FID (decisão final de investimento), o que equivale a cerca de 8 bilhões de barris de petróleo equivalente de reservas. Em todo o ano passado, 12 projetos foram anunciados, o que adicionou 8,8 barris de reservas. “Estes são sinais positivos de que a indústria upstream continua no caminho da recuperação e que os projetos convencionais mais competitivos estão a diminuindo a curva de custos o suficiente para atrair novos investimentos", diz Angus Rodger, diretor de pesquisa da Wood Mackenzie para a região da Ásia-Pacífico.

11 dos projetos aprovados são expansões de campos existentes, desenvolvimentos de campos satélites ou tiebacks submarinos – que, segundo Rodger, tem menos riscos e tendem a ser menos intensivos em capital e ter um ciclo de desenvolvimento mais curtos, com recuperação mais rápida do investimento. "O capex médio dos projetos caiu para US$ 11 / barril de óleo equivalente versus US$ 15 / boe em 2015”, destaca o consultor.

Outra tendência clara é o domínio das majors – que são operadoras em oito dos projetos anunciados em 2017. A Wood Mackenzie estima que esses projetos representariam até 1,6 milhão de barris diários de produção nova para as majors até 2024, o que equivale a cerca de 6% da produção total do grupo.

"A segunda metade de 2017 poderia ver mais 11 bilhões de reservas anunciadas e, novamente, esperamos uma forte atividade das majors. No entanto, também é importante notar que no mês passado, a ExxonMobil sancionou a primeira fase de desenvolvimento do campo de Liza. Isso mostra que não se trata apenas de investimentos de curto ciclo, as melhores oportunidades de greenfield também estão avançando para se tornarem comerciais", diz Rodger.