Notícias 2017 - Revista Petro&Química
 

Rio de janeiro, 25 de agosto de 2017


ANP e BNDES estudam fundo para fomentar empresas de P&D

 
Peter Kronstrøm: temos que nos tornar protagonistas do futuro e não vítimas dele

A Agência Nacional de Petróleo estuda uma proposta do BNDES para criação de um fundo para financiar empresas que surjam por meio de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento, afirmou o diretor-geral da Agência, Décio Oddone, durante o Tech Challenges Qual a eficácia dos nossos sistemas de incentivo de PD&I?, realizado no último dia da O&G TechWeek.

O evento focado em tecnologia e tendências para o futuro do setor de óleo e gás reuniu cerca de 1.700 pessoas no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Segundo Oddone, o Brasil ainda não conhece seu potencial no que diz respeito a petróleo. "Precisamos conhecer o potencial brasileiro antes que a era do petróleo acabe. Não temos tempo a perder."

Em uma discussão transversal sobre os impactos da tecnologia na sociedade, o diretor do Copenhagen Institute for Future Studies na América Latina, Peter Kronstrøm, afirmou que o ser humano sempre usou a tecnologia para melhorar seus processos, portanto, o trabalho não vai acabar. "No futuro, todo mundo será empreendedor e terá uma abordagem empreendedora em relação à vida. Temos que nos tornar protagonistas do futuro e não vítimas dele”.

Kronstrøm participou da Trend Talk O futuro das profissões e dos empregos, ao lado do presidente da rede brasileira de cidades inteligentes e humanas, André Gomyde. O diretor do Copenhagen Institute for Future Studies apontou ainda megatendências para o futuro. Entre elas estavam foco em saúde, sustentabilidade, desenvolvimento demográfico, sociedade em rede, imaterialização e sociedade do conhecimento. "O mais importante nesse contexto é o investimento em educação e a formação de pensamento crítico".

Gomyde, disse que, quando a máquina começa a substituir o homem, o conceito da mais valia muda. "O grande capital do século 21 é o conhecimento, e conhecimento se compartilha."

Ele apontou como tendência para o futuro as cidades inteligentes e humanas, que devem ser construídas sobre quatro pilares: subsolo, solo, infraestrutura técnica e plataforma integradora. "Precisamos fazer galerias técnicas, conhecer o subsolo. Quanto ao solo, é necessário reurbanizar cidades, construir prédios e casas com captação de água da chuva; pensar em fazer praças bem iluminadas, com internet de alta velocidade, para que as famílias ocupem o espaço urbano, e uma central de operações da cidade, para concentrar os dados, que seria a plataforma integradora, onde entra a internet das coisas."

Os dois vencedores do Ideation Week, realizado junto com a O&G TechWeek pelo IBP e pela Fábrica de Startups foram apresentados. Durante os cinco dias dessa semana, os participantes se reuniram para identificar os principais desafios do setor de óleo e gás e colocar em prática os projetos e ideias mais disruptivos. Os dois melhores colocados ganharam uma bolsa de cursos do IBP, além de apoio da Fábrica de Startups – uma das maiores aceleradoras europeias, sediada em Portugal

Foi realizado também um Pitch de Startups, em parceria com o Sebrae. Dez empreendedores apresentaram produtos inovadores para a indústria em áreas como inteligência artificial, monitoramento, vazamentos, drones e previsão de ondas e correntes.

 
 
 
 

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