São Paulo, 06 de outubro de 2016

Criação de máquinas moleculares rende Nobel de Química a cientistas europeus

 

O francês Jean-Pierre Sauvage, o britânico Fraser Stoddart e o holandês Bernard L. Feringa receberam o Prêmio Nobel de Química de 2016. Os cientistas desenvolveram moléculas com movimentos controlados, que podem realizar tarefas com a adição de energia – uma grande evolução no campo da nanotecnologia.

A Academia Real de Ciências da Suécia, que concedeu o prêmio, comparou o motor molecular ao motor elétrico em 1830, quando os cientistas exibiam várias rodas e manivelas rodando, sem saber que elas levariam ao desenvolvimento de equipamentos que se tornaram essenciais.

Sauvage deu o primeiro passo no desenvolvimento das máquinas moleculares em 1983, quando conseguiu ligar duas moléculas em forma de anel de modo a formar uma corrente. Em 1991, Fraser Stoddart conseguiu rosquear um desses anéis moleculares em um pequeno eixo molecular e demonstrou que o anel conseguia se mexer ao redor do eixo. Em 1999, Feringa conseguiu fazer com que uma pá de rotor molecular girasse continuamente na mesma direção.

O trabalho de Feringa sobre motores moleculares unidirecionais, um campo de pesquisa que abre caminho para novas aplicações terapêuticas e tecnológicas com nanorobôs, já havia dado a ele o prêmio “Química Para o Futuro”, da Solvay, em novembro do ano passado.

 
 
 

<<< voltar ao índice