São Paulo, 16 de maio de 2016

Excesso de oferta muda cenário competitivo de polietileno e polipropileno, avalia IHS

 

O crescimento da oferta proveniente de produtores de baixo custo na América do Norte, Oriente Médio e China irá pressionar as margens para os produtores de polietileno e polipropileno e mudar o cenário competitivo global, avalia a consultoria IHS. De acordo com a consultoria, de 2015 até 2020 as novas unidades acrescentarão mais de 24 milhões de toneladas por ano à oferta global - um terço dessa nova capacidade virá dos EUA, que irá aumentar significativamente a posição de exportador líquido de PE e PP e outros produtos químicos, reequilibrando o comércio global de produtos químicos que têm favorecido o Oriente Médio há décadas.

"O aumento das matérias-primas derivadas de gás de xisto permitiu que produtores de polietileno e polipropileno norte-americano a atingir um nível de competitividade de custos que não tem precedentes, uma vez que o Oriente Médio tem tradicionalmente servido como produtor de menor custo do mundo para esses produtos", disse o diretor global de negócios de poliolefinas e plásticos da IHS Chemical, Nick Vafiadis.

Além da América do Norte, a China também está aumentando a sua influência como um provedor de baixo custo do PE, graças à produção adicional a partir da tecnologia coal-to-olefins. Pelas projeções da IHS, a China deverá acrescentar cerca de 17 milhões de toneladas de PP e PE durante os próximos cinco anos. "Os EUA e a China estão agora competindo com o Oriente Médio por market share no mercado global de PE e PP, que deverá ter um impacto significativo sobre os preços e as margens”.

Na Europa, as importações de PE do Oriente Médio devem superar os números de 2015 – em janeiro e fevereiro deste ano, as importações de PEAD atingiram volumes recordes dos últimos oito anos – 148 mil toneladas – enquanto as exportações registraram o menor nível para o mesmo período – 42 mil toneladas.

"De acordo com as previsões IHS Chemical, esperamos que os preços de PE na Asia permaneçam deprimidos este ano, e como os produtores europeus dão pouca margem às distâncias, isto significa que os preços do Oriente Médio para a Europa continuarão atraentes nos próximos meses”, disse Vafiadis.

 
 
 
 

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