O diretor da Federação Única dos Petroleiros - FUP, João Antônio de Moraes, defendeu a manutenção da Petrobras como operadora única dos campos do pré-sal como forma de garantir empregos no País. “A Petrobras é a empresa com maior experiência no mundo em aguas profundas? Assumiu o risco a partir do desenvolvimento tecnológico e do conhecimento geológico das bacias de Santos e Campos. É a eficiência comprovada pelos altíssimos índices de sucesso exploratório e pela alta produtividade”, afirmou, durante audiência pública da comissão especial da Petrobras e exploração do pré-sal (PL 4567/16).

Segundo o dirigente, as petrolíferas optam em pagar multa e gerar empregos em seus países a não pagar multa e gerar empregos no nosso país. “O conteúdo local não funciona com essas empresas; é preciso ter a Petrobras como ator nessa indústria de ampliação do parque tecnológico”.

Moraes destacou ainda que todas as grandes petrolíferas do mundo estão em crise e que a Petrobras tem capital humano e tecnológico capaz de superar este momento difícil. O vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore - Sinaval, Sérgio Bacci, afirmou que a Petrobras deve induzir a demanda de forma a fortalecer a indústria naval. “É necessário ter barreiras para que a indústria se fortaleça mais, pois se isso não acontecer, chegaremos em breve aos mesmos 1800 empregos que tínhamos no ano 2000”.

De acordo com Bacci, em 2014 a indústria naval empregava 84 mil trabalhadores, e a previsão é de que chegue ao final deste ano com apenas 35 mil empregados. “Tanto os EUA quanto a China usam a mesma forma de fomentar a indústria naval. O caminho da Petrobras estava correto, porque induzia a demanda, por conta da Transpetro e da Sete Brasil”.