São Paulo, 11 de agosto de 2016

Petrobras registra lucro líquido de R$ 370 milhões no segundo trimestre

 

Um novo ajuste contábil (impairment de ativos) reduziu em R$ 1,124 bilhão o valor do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj. Postergado pela Petrobras – pelo menos até 2020 – o projeto já custou cerca de R$ 13,5 bilhões.

O lançamento desse impairment e de R$ 1,212 bilhão relacionadas ao novo programa de demissões voluntárias pesaram no resultado financeiro do segundo trimestre de 2016. Cerca de 5 mil funcionários se inscreveram no programa de demissão voluntária, mas a companhia estima que o número deve crescer para 7 mil.

Após três trimestres seguidos de prejuízo, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 370 milhões. No segundo trimestre do ano passado, porém, a Petrobras havia apresentado um lucro 30% maior, de R$ 531 milhões.

Além do impairment no Comperj e das despesas com o programa de demissões voluntárias, o resultado foi definido por uma redução de 30% nas despesas financeiras líquidas; pelo crescimento de 7% na produção total de petróleo e gás natural; pelo incremento da receita, com aumento de 14% nas exportações de petróleo e derivados e redução de custos com importações de gás natural.

No final do trimestre, a dívida bruta da companhia somou R$ 397,8 bilhões – o montante é 11% menor que o registrado no final do primeiro trimestre. A relação entre dívida líquida e Ebitda ainda está em 4,49 vezes.

O diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, avalia que a companhia ainda sofre com o alto endividamento. “O nível de dívida da companhia ainda está em um patamar muito elevado e nos obriga a manter o nível de liquidez muito alto".

No trimestre, a Petrobras investiu R$ 13,4 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões destinados a área de Exploração e Produção, e R$ 825 milhões à área de Abastecimento. O novo diretor de e Estratégia, Organização e Sistema de Gestão, Nelson Silva, confirmou para setembro o anuncio do novo plano de investimentos.

 
 
 
 

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