São Paulo, 15 de abril de 2016

Retração econômica impacta balança comercial de produtos químicos

 

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre do ano. O valor representa uma queda de 19,9% em relação ao mesmo período de 2015. No período, as importações de produtos químicos foram de US$ 7,7 bilhões, uma retração de 15,2% em relação aos três primeiros meses de 2015, enquanto as exportações, de US$ 2,9 bilhões, apresentaram redução de 5,9% na mesma comparação.

O levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Química mostra que, apesar de queda de 9,6%, os intermediários para fertilizantes foram o principal item da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre deste ano, ao passo que as resinas termoplásticas, com vendas externas de US$ 567 milhões no período, foram o grupo mais exportado.

Em termos de volumes, as importações de produtos químicos totalizaram 7,8 milhões de toneladas entre janeiro e março, praticamente o mesmo quantitativo importado no primeiro trimestre de 2014, quando foi registrado o recorde histórico para o indicador no período, ao passo que as exportações foram de 4,1 milhões de toneladas, respectivamente aumentos de 5,2% e de 13% em relação ao primeiro trimestre de 2015.

Em março, as compras externas de produtos químicos chegaram a US$ 2,8 bilhões, um aumento de 9,7% em relação a fevereiro. As exportações, de US$ 1,1 bilhão, registraram, por sua vez, elevação de 21,6% em igual comparação. Em relação a março de 2015, foram registradas quedas de 13,1% das importações e de 3,5% das exportações.

“Os resultados da balança comercial de produtos químicos no primeiro trimestre deste ano confirmam os diagnósticos de que o setor continua muito exposto aos efeitos do delicado momento econômico nacional. Apesar da queda no valor absoluto exportado, o aumento de 13%, em volume, das vendas externas demonstra que o mercado internacional tem desempenhado papel decisivo para a indústria química brasileira. Nesse contexto, é indispensável a implementação imediata de medidas de fomento às exportações e de ferramentas de facilitação de comércio, bem como a intensificação da agenda negociadora comercial brasileira e regional”, destaca a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo.

 
 
 

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