Rio de Janeiro, 13 de abril de 2016

ANP projeta necessidade de duas novas refinarias

 

Sem a construção de duas novas refinarias, em dez anos a importação de combustíveis deverá alcançar 742 mil barris por dia – um aumento de 130% em relação a média registrada em 2015, de 323 mil barris por dia. a projeção foi apresentada pela diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, no 12º Fórum de Debates sobre Qualidade e Uso de Combustíveis.

A ANP traçou dois cenários para calcular o déficit do mercado de combustíveis. Mesmo que a Petrobras consiga colocar o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj em operação, o país necessitará importar 683 mil barris de combustíveis por dia em 2026 e 1,142 milhão de barris por dia em 2030. Sem a conclusão do Comperj, o déficit sobe para ará 742 mil barris por dia em 2026 e 1,201 milhão de barris por dia em 2030.

O déficit médio de combustíveis no ciclo Otto deve atingir 198 mil barris por dia em 2026 – e em 2030, 408 mil barris por dia. Hoje o país importa 32 mil barris de combustíveis do ciclo Otto por dia. Considerando que o Comperj entre em operação em 2023, a importação de diesel A, hoje de 117 mil barris por dia, deve atingir 205 mil barris em 2026 e 424 mil barris por dia em 2030 – sem considerar o Comperj, essa estimativa sobe para 264 mil barris por dia em 2026 e 483 mil barris por dia em 2030.

O crescimento da demanda oferece oportunidade para a construção de uma refinaria no Maranhão, para abastecer a região Nordeste, e outra unidade na região do Triângulo Mineiro, para abastecer o Centro-Oeste e Sudeste. Outra opção seria investimentos na construção de novos terminais nos portos de Vila do Conde / PA, Pecem / CE e São Francisco do Sul / PR, além de ampliar a capacidade dos terminais de São Sebastião / SP, Itaqui / MA e Suape / PE – por onde devem passar um milhão de barris por dia. “No mínimo tem movimentação portuária extremamente relevante a ser tratada”, ressaltou Magda.

 
 
 

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