São Paulo, 07 de abril de 2016

Petrobras nega otimismo em avaliação de 59 projetos

 

Em oficio enviado à Comissão de Valores Imobiliários – que questionava a informação publicada hoje no jornal Valor Econômico – a Petrobras negou otimismo exagerado no planejamento de 59 grandes projetos.

Segundo a companhia, os projetos analisados apontavam um aumento total no Valor Presente Líquido - VPL dos projetos analisados de 135%, ou US$ 36,9 bilhões (de US$ 27,2 bilhões para US$ 64,1 bilhões). “Ressaltamos que a Petrobras tem enfrentado as complexidades relacionadas à implementação de projetos na indústria de petróleo e gás, sempre buscando aprimorar a gestão de seus projetos e atuando com responsabilidade social e ambiental e disciplina de capital”, informa a Petrobras.

O oficio responde aos questionamentos da CVM sobre a reportagem publicada no jornal, que menciona que a rentabilidade de 59 grandes projetos foi superestimada em US$ 45 bilhões, com conhecimento da diretoria executiva desde 2014.

A Petrobras afirmou que realiza análises periódicas do desempenho econômico de seus projetos, que são consolidados em um documento chamado Relatório de Pós Estudo de Viabilidade Técnico Econômica - Pós EVTE, que tem por objetivo aprimorar as estimativas de prazos e custos a partir da apuração de seus desvios. Foram esses estudos que apontaram aumento no VPL, mesmo levando-se em consideração todos os fatores de desvio. "Eventuais desvios expressivos nas variáveis gerenciáveis não significam necessariamente otimismo exagerado no planejamento dos projetos, pois tais variáveis são influenciadas também por fatores externos, como capacidade da cadeia de fornecedores no atendimento dentro dos prazos, qualidade e custos esperados, com o conteúdo nacional requerido, capacitação da mão de obra disponível, maior complexidade dos ambientes dentro dos quais os projetos estão inseridos, entre outros fatores", justifica a Petrobras.

 
 
 

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