São Paulo, 17 de setembro de 2015

Fim de desconto sobre preço do gás aumenta custos da indústria química

 

Os incentivos na venda de gás natural, com abatimento de cerca de 20% do valor nos pontos de entrega oferecido desde 2011, serão suspensos até o fim do ano. A medida foi criticada por representantes da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado - Abegás e da Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

A diretora de economia da Associação Brasileira da Indústria Química, Fátima Ferreira, informou que o corte nos descontos da Petrobras deve resultar em gastos adicionais de R$ 318 milhões por ano. “Poderíamos ajudar o país a reverter o atual ciclo vicioso do setor produtivo, marcado por alta ociosidade, baixa competitividade e déficit crescente”.

O gerente da Petrobras, Álvaro Tupiassú, compara os preços do Brasil com França e Alemanha – onde o preço médio do gás natural está, respectivamente, em US$ 8,50 e US$ US$ 8,53 por MMBtU. No Brasil, o preço médio do gás natural sem desconto subiu de US$ 7,07 para US$ 8,62 por milhão de BTU. Nos EUA, com o aumento da oferta decorrente da produção shale gas, o gás natural custa US$ 4,19 por MMBtU.
 
 
 

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