São Paulo, 31 de março de 2015

Indústria brasileira não se apropriou dos investimentos da Petrobras, aponta estudo da Abimaq

 
Machado participou de seminário sobre o impacto do pré-sal sobre o crescimento do país, organizado pela Agência Dinheiro Vivo
 
Estudo elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos aponta que a indústria brasileira não se apropriou dos investimentos da Petrobras. De 2003 a 2014, enquanto os investimentos da petroleira em exploração e produção cresceram 509,5%, o faturamento dos fornecedores de equipamentos para essas atividades cresceu 41,8%. O número é inferior à média apresentada pelas 6,8 mil empresas fabricantes de máquinas e equipamentos – que no período cresceram 104%.

“Desperdiçamos uma quantidade significativa de investimentos. E diante da combinação entre essa situação e o cenário de desindustrialização, corremos o risco de não aproveitar o pré-sal para desenvolver o país”, afirma o diretor de Petróleo e Gás da Abimaq, Alberto Machado Neto.

O executivo também critica a estratégia de contratação que usa EPCistas para gerir os contratos – que distanciou a indústria fornecedora da Petrobras, impedindo que o poder de compra da petroleira continuasse sendo empregado para desenvolver a indústria nacional. “Um ponto gravíssimo é a inadimplência dos EPCistas. Temos hoje mais de R$ 300 milhões, a maioria de materiais já entregues, que não está sendo pago.

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