São Paulo, 11 de março de 2015

Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff citam pagamentos da Braskem

A Braskem teria obtido vantagens indevidas nas negociações de compra de matéria-prima da Petrobras após o pagamento de US$ 5 milhões por ano ao ex-diretor da petroleira, Paulo Roberto Costa e ao Partido Progressista. As afirmações foram feitas pelo próprio Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Yousseff, em depoimentos à Policia Federal no âmbito da Operação Lava Jato – e estão nos trechos que foram tornados públicos no pedido de inquérito que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez ao Supremo Tribunal Federal.

Nos depoimentos, Youssef afirma que o ex-vice-presidente de relações institucionais da Braskem, Alexandrino Alencar, teria negociado com Paulo Roberto Costa para que o preço pago pela Braskem fosse inferior. Yousseff também cita o ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich.

O ex-diretor da Petrobras, que confirmou a existência dos pagamentos, recebia 30% do valor, enquanto 70% eram destinados ao PP. O pagamento era efetuado através de contas no exterior – e teria vigorado entre 2006 e 2012.

A Braskem negou a existência de irregularidades nas negociações com a Petrobras. Em comunicado enviado a seus acionistas e ao mercado, a Braskem informou que todos os pagamentos e contratos com a Petrobras seguiram a legislação aplicável e foram aprovados de acordo com as regras de governança da empresa. “Além disso, é importante ressaltar que os preços praticados pela Petrobras na venda de matérias primas nunca favoreceram a Braskem e sempre estiveram atrelados às mais caras referências internacionais”, ressalta o fato relevante assinado pelo diretor Financeiro, Mario Augusto da Silva.


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