São Paulo, 05 de maio de 2015

Fabricantes de máquinas reagem contra flexibilização de conteúdo local

 

A flexibilização das regras de conteúdo local, acenada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, não agradou aos fabricantes de máquinas e equipamentos. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Carlos Pastoriza, ainda que o governo tenha a intenção de atrair as companhias de petróleo, deve tem uma sistemática que permita capturar a maior parte da riqueza gerada. “É importante que se abra os braços para que outras operadoras venham ao Brasil. A Petrobras hoje não tem condições financeiras nem gerenciais de tocar o número de projetos que o Brasil precisa. Mas elas têm que cumprir o conteúdo local.

No início da semana, o ministro Eduardo Braga disse, durante encontro com um grupo de empresas em Houston, nos EUA, que o governo estuda mudanças na política de conteúdo local para o setor de petróleo. A revisão na política de conteúdo local é um pleito das petroleiras que já operam no país – incluindo a Petrobras.

Na avaliação do presidente da Abimaq, o governo deveria exigir o cumprimento da política de conteúdo local. Como comparação, Pastoriza aponta os fornecimentos dos fabricantes nacionais, que em 2014 venderam R$ 8 bilhões em equipamentos – sendo que metade desse valor representa despesas operacionais e peças de reposição – em um ano que a Petrobras investiu R$ 100 bilhões. “Querer flexibilizá-lo é querer justificar incompetências em cima de um tema que não deveria ser objeto de discussão”.

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