São Paulo, 23 de abril de 2015

Em CPI, Augusto Mendonça afirma que empresário também é vítima

 

O empresário Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades na Petrobras, que 16 empresas eram as únicas convidadas a participar de licitações da petroleira. O “clube” se tornou efetivo com o envolvimento dos ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Esse grupo começou com nove empresas no final da década de 90. "Como empresário posso garantir que esse sistema não é bom para a empresa, não é bom para o empresário. O empresário também é vítima”.

Mendonça disse que pagou mais de R$ 100 milhões em propina. Segundo o empresário, as cobranças acabaram em 2012, com a entrada da nova diretoria. Também afirmou não acreditar que o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, soubessem do esquema. "Acredito que, se soubessem, teriam parado com essa questão lá atrás”.

Na sua opinião, o maior prejuízo da Petrobras foi causado pela política de preços dos derivados.

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