São Paulo, 02 de setembro de 2014

Consumo de resinas termoplásticas registra queda no 1º semestre


A demanda interna por resinas, medida pelo Consumo Aparente Nacional – produção mais importação, excluindo as exportações – registrou recuo de 3,1% em comparação ao primeiro semestre de 2013. Os números divulgados pela equipe de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química apontam que a produção local recuou 5,2% nos primeiros seis meses de 2014, fato que não ocorria desde 2011. Na mesma comparação, as exportações tiveram queda expressiva de 9,1%, enquanto as importações, na média, ficaram estáveis (+0,3%).

Apesar de as importações terem se mantido, na média, estáveis no primeiro semestre, esse resultado pode ser atribuído especialmente à retração de 15,1% nas compras externas de PVC. Essa diminuição é explicada pela inauguração de uma nova planta de PVC no país e pelo decréscimo da demanda interna do produto. Todas as outras resinas exibiram aumento nas importações, com destaque polietilenos, que teve elevação de 7,7%, e polipropileno, com alta de 15,5%. Como resultado, houve piora no saldo da balança comercial desse grupo de produtos. Nos primeiros seis meses do ano passado, o déficit foi de 390 mil toneladas de resinas, volume que saltou para 440 mil toneladas no primeiro semestre deste ano, representando um crescimento, em volume, de 12,8%.

Outra variável que preocupa o setor e reflete a deterioração do ambiente interno de produção é a de utilização de capacidade instalada. Nos primeiros seis meses deste ano, as empresas operaram com 78% da sua capacidade de produção, três pontos percentuais abaixo da utilização de igual período do ano anterior. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, para um segmento que opera em regime de processo contínuo, trabalhar com ociosidade de 22% não só é preocupante no curto prazo, como também desestimula a atração por novos investimentos no setor no médio prazo.



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