São Paulo, 17 de novembro de 2014

Petrobras buscará ressarcimento por eventuais sobrepreços



A Petrobras poderá ajustar o balanço financeiro, transferindo do imobilizado para o resultado eventuais valores excessivos pagos na contratação de obras, caso as investigações da Operação Lava Jato confirmem que houve sobrepreço. "Os projetos não devem conter valores que não seja o justo para ele", disse o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.

A companhia adiou a divulgação do resultado financeiro do terceiro trimestre por conta dos potenciais impactos dessas denúncias nos resultados. A Petrobras tem como meta apresentar os dados contábeis não revisados até 12 de dezembro. Para aferir a proporção do sobrepreço está sendo considerado o depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.

Na sétima fase da Operação Lava Jato, o ex-diretor de Renato Duque e 16 executivos de empreiteiras investigadas foram presos na última sexta-feira.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que medidas jurídicas para ressarcimento dos supostos preços excessivos estão em curso. A companhia deverá gastar cerca de R$ 19 milhões com as investigações – em outubro, a Petrobras também contratou dois escritórios de advocacia independentes (o brasileiro Trench, Rossi e Watanabe Advogados e o norte-americano Gisbon, Dunn & Crutcher LLP) para investigar as denúncias de corrupção.

Graça também anunciou a criação de uma diretoria de compliance na Petrobras. A proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração da companhia e tem como objetivo aprimorar suas práticas de governança.

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