São Paulo, 12 de agosto de 2014

Abiquim consolida programa Atuação Responsável como sistema de gestão


A revisão do Programa Atuação Responsável, concluída há dois anos, modelou o formato do programa como um sistema de gestão. Agora as primeiras empresas começam a obter a certificação – a primeira certificada foi a Unipar Carbocloro. A Associação Brasileira da Indústria Química - Abiquim também criou núcleos de multiplicação – hoje já existem núcleos em Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul – e passou a promover cursos de capacitação para os envolvidos com o programa. “Este ano tivemos a formação de 82 auditores internos e 26 auditores de organismos credenciados. São essas pessoas que vão fazer todo o processo de auditoria, seja de primeira, de segunda ou de terceira parte”, destacou o coordenador da Comissão de Gestão do Atuação Responsável, Ricardo Neves de Oliveira, durante o 15º Congresso de Atuação Responsável.

No evento, o diretor sênior do programa Responsible Care da American Chemistry Council, Dan Roczniak, adiantou que a Global Charter, adotada pelas maiores empresas químicas, será disseminada para toda a cadeia a partir de 2016. O International Council of Chemical Associations entende que a sociedade cobra uma melhoria contínua. “Temos que fazer um escrutínio de todas as moléculas que criamos com os produtos e processos que usamos todos os dias, porque o mercado tem que ver a nossa capacidade de operar”, conta Roczniak.

Indicadores

Em 2013 foram registrados 1,81 acidentes com afastamento e 5,16 acidentes sem afastamento a cada milhão de horas de exposição. A maior evolução, no entanto, foi registrada na gravidade dos acidentes: em 2013 os dias perdidos e debitados sobre as horas de exposição ao risco caíram 45,7% - de 90,2 para 49, e nenhuma morte foi registrada.

O maior desafio está relacionado a segurança de processos: os incidentes com fogo, explosão, vazamentos acima de 2.300 kg ou que causaram lesões. “Essa piora se deve, sobretudo aos apagões, e mostra que temos espaço para melhoria dos processos para quando acontecem eventos de interrupções abruptas de energia”, avalia o vice-presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos de Marchi.

Os volumes de água captada e consumida em processos e produtos caíram 7% e 11% respectivamente. E o volume de efluentes reciclados cresceu de 37,3% em 2012 para 40,2% em 2013. Os dados foram coletados em 201 unidades industriais – de 96 empresas, que representam mais de 90% da produção brasileira.



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