A interligação do gasoduto entre o FPSO Cidade de São Paulo e Cidade de Parati ao FPSO Cidade de Angra dos Reis, no campo de Lula, agendada para este mês, ampliará a produção nos campos de Sapinhoá e Lula Nordeste em 180 mil barris por dia.

No campo de Sapinhoá, a Petrobras produz 36 mil barris por dia desde janeiro – através de um poço conectado ao FPSO Cidade de São Paulo. O FPSO Cidade de Paraty está instalado no campo de Lula Nordeste desde o ano passado. As duas plataformas possuem capacidade para produzir 120 mil barris cada – mas a produção está limitada devido a restrições de queima de gás.

A produção da Bacia de Santos soma 220 mil barris por dia atualmente – 80% desse volume é extraído da camada pré-sal. Além da produção adicional em Sapinhoá e Lula Nordeste, a Petrobras deverá instalar este ano mais dois FPSOs – Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá Norte, e Cidade de Mangaratiba, na área de Iracema Sul. Em 2015 está prevista a entrada em operação do FPSO Cidade de Itaguaí, no campo de Iracema Norte.

O maior salto, no entanto, ocorrerá em 2016, quando estão previstas sete plataformas. “Em 2020 a Petrobras deverá estar produzindo 4,2 milhões de barris por dia. Só na Unidade Operacional da Bacia de Santos serão 2 milhões”, destaca o gerente-geral da Unidade, Osvaldo Kawakami.

A nova estratégia da Petrobras para a movimentação logística na Bacia de Santos prevê a contratação de infraestrutura portuária. Originalmente, a companhia teria uma base logística própria. Agora pretende contratar a dois berços existentes ou que deverão ser construídos. “Vai depender mais do que as operadoras nos oferecerem, e em cima dessas ofertas vamos analisar”, disse Kawakami.

A licitação para a contratação da infraestrutura portuária deverá ser lançada ainda neste semestre. O objetivo é que a licitação seja concluída até o fim do ano e a operação tenha início em 2015..