São Paulo, 04 de Setembro de 2013

Sem construção de novas unidades, Brasil torna-se importador líquido de PP em 2017


 

O próximo salto na capacidade de produção nacional de polipropileno está previsto para o final da década, quando entra em operação a parte petroquímica do Comperj. Até lá, o Brasil deverá tornar-se importador líquido da resina. Segundo as projeções da IHS, nos próximos cinco anos a demanda de PP crescerá 5,1% ao ano na América do Sul – fazendo com que as importações aumentem de 849 mil toneladas para 1,3 milhões de toneladas. O mercado também será afetado pela volatilidade dos preços – pelo menos até 2016 ou 2017 – que seguem as cotações dos EUA. No mercado americano, a produção baseada em etano pouco tem favorecido a geração de propeno e as refinarias têm direcionado o petróleo para produção de gasolina e diesel. Para complicar a situação, o PP tem que brigar pela matéria- prima com outros produtos, como oxido de propileno, ácido acrílico e cumeno, que em tempos de escassez estão dispostos a pagar US$ 500 a mais por tonelada de propileno. Esse cenário só deve mudar com a entrada em operação das plantas de desidrogenação – seis unidades aumentam em 4,3 milhões de toneladas a capacidade de produção nos EUA até 2018. “Haverá mais propileno, e a América do Norte terá que baixar os preços para competir”, avalia o diretor de Poliolefinas da IHS, Joel Morales. O consultor participou do o Latin American Petrochemical & Polymers Conference, realizado em São Paulo pela IHS.


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