O número de certificados de conteúdo local emitidos deu um salto desde a segunda metade do ano passado – por trimestre, a ANP calcula que as certificadoras emitam quatro mil certificados. Para o chefe da Coordenadoria de Conteúdo Local da ANP, Marcelo Mafra Borges de Macedo, o desafio é superar lacunas para o desenvolvimento de setores como engenharia básica para exploração offshore. “Provavelmente teremos 40% da produção offshore do mundo. Precisamos de conteúdo local para isso”, disse Macedo, em palestra realizada no Paulínia Petróleo e Gás. O diretor executivo do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Alberto Machado, afirmou a falta de investimento em tecnologia é um gargalo para o aumento do conteúdo local. Em sua opinião, o conteúdo local deve envolver todos os segmentos da indústria. “O conteúdo local tem que ser estimulado até mesmo junto ao mercado fornecedor”. O superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo, Alfredo Renault, lembrou que 59% dos R$ 359 bilhões investidos no Brasil de 2012 a 2015 foram alocados na cadeia de petróleo e gás – com geração de 1,24 milhões de empregos e arrecadação tributária de R$ 80 a R$ 100 milhões. Para o período 2013 – 2017, a Onip calcula que os investimentos realizados pelo setor alcancem R$ 285 bilhões. “A partir do operador, o setor pulveriza-se, aumentando o porte e o número de empresas e demandas de equipamentos, bens e serviços”.