A Petrobras vem trabalhando com fornecedores para nacionalizar a produção de DCS e de atuadores hidráulicos de dupla ação, que estão sendo cada vez mais utilizados nas unidades de produção. A principio o trabalho vem sendo desenvolvido com quatro fabricantes que já fazem parte da lista mestra de fornecedores – mas a companhia já convidou outros fabricantes estrangeiros para fazer parte dos programas de nacionalização de equipamentos críticos. "É um trabalho que tem duas vertentes: uma para o lado do fornecedor, que tem que se adequar ao requerimento de conteúdo local, e outro do lado da Petrobras, que tem que se capacitar para o uso de novas tecnologias", disse o coordenador da área de automação da Gerência de Engenharia Corporativa de E&P da Petrobras, Carlos Henrique Moura.

Nas plataformas atualmente em construção – P-58, P-62 e oito FPSOs que serão utilizadas na área do pré-sal – a Petrobras optou por uma arquitetura baseada em PLC levando em conta a restrição da oferta interna em atender a um conteúdo nacional de 60%. "Não precisaríamos atender a requisitos de conteúdo local porque esses blocos foram licitados em rodadas anteriores. Mas a Petrobras vendo que, se ela não se movimentar e começar a movimentar o mercado fornecedor agora, quando formos cobrados, não vamos ter tempo hábil para que o mercado atenda às nossas necessidades. Então tomamos a decisão de usar os navios como o primeiro passo para buscar isso", explica o gerente da Engenharia de Instalações de Produção da Petrobras, Alexandre Maia.

Os engenheiros participaram da mesa redonda "Desmistificando a Automação do Pré-Sal", realizada durante o Brazil Automation.

O Brazil Automation ocorre até amanhã, em São Paulo. O evento conta com um congresso – onde estão sendo apresentados 110 trabalhos técnicos – e uma exposição, com 113 empresas.