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São Paulo, 11 de julho de 2008 |
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Abdib propõe criação de pólo para fabricação de equipamentos offshore |
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O Brasil deve se tornar um grande pólo de desenvolvimento tecnológico e de engenharia para fornecimento de bens e serviços para produção de petróleo em águas profundas. Essa é a proposta que o presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base – Abdib, Paulo Godoy, que quer incentivar a indústria investir em pesquisa e desenvolvimento e firmar joint ventures com empresas internacionais. “Nossa obrigação é criar algo equivalente a potencialidade que temos em petróleo, para transformarmos o Brasil num grande cluster de desenvolvimento de bens e serviços para a indústria offshore”. Uma das sugestões apresentadas por Paulo Godoy é a criação de um programa chamado P&DCor – de Pesquisa & Desenvolvimento Corporativa – para aproximar a iniciativa privada dos esforços de desenvolvimento tecnológico, hoje ainda muito concentrada nas instituições de pesquisas ligadas ao Governo. Em reunião com empresários ligados à entidade, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli disse que a perspectiva de crescimento não está limitada por aspectos geológicos ou falta de pessoal, mas pela necessidade de fortalecimento da cadeia de fornecedores. “Por mecanismos de ajustes de especificação, ou favorecendo a associação com empresas internacionais, tornamos a indústria nacional competitiva”. Gabrielli ressalta que há segmentos altamente competitivos, outros em uma zona intermediária, alavancados por ações como o Prominp, e uma faixa em que ainda são necessárias ações de fomento – exemplo das sondas de perfuração para lâminas d’água superiores a 2 mil metros, já que esse tipo de sonda nunca foi fabricado no Brasil. “Estamos montando um programa junto com a indústria, para que, em cinco anos, o país seja capaz de nos entregar as sondas que precisamos”. Um dos esforços da Abdib será trazer para o país parte da tecnologia e de processos industriais para a produção dos drilling package utilizados nas sondas de perfuração – que são fabricados por apenas duas empresas no mundo. “Por outro lado temos que ter uma relação de custo e beneficio que justifiquem esse esforço, de investir em uma curva de aprendizado que permita à indústria nacional se desenvolver”, ressalta Godoy. |
Leandro Ribeiro / Agência Petrobras |
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