O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante a inauguração do  primeiro terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito do país, que a Petrobras vai se transformando, aos poucos, em mais do que uma empresa de petróleo. "Esse terminal é um orgulho para a Petrobras, e um orgulho para o Brasil”. 

O empreendimento instalado no Porto Pecém, no Ceará, permite a Petrobras atuar como agente no mercado internacional de GNL. Ainda este ano, o segundo terminal de regaseificação da Petrobras será inaugurado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O projeto GNL Petrobras é inédito no mundo: os terminais de regaseificação da companhia são os primeiros a utilizar navios adaptados para realizar tanto o armazenamento do GNL como a regaseificação do produto a bordo. O Brasil também é pioneiro ao adotar o modelo de transferência de GNL de um navio supridor para outro navio regaseificador por meio de braços criogênicos, capazes de suportar temperaturas de cerca de 160º C negativos.

No prazo recorde de oito meses, a Petrobras adaptou a estrutura do píer 2 do Porto de Pecém, que funcionava como terminal de derivados de petróleo, para receber o GNL. Foram construídas duas plataformas de concreto para elevar a altura do píer em três metros. Também foi feito reforço na estrutura de atracação e amarração das embarcações, e montadas facilidades para a transferência de GNL entre o berço externo e interno do píer, chamado skid central. Essas obras permitem a ancoragem de navios de grande porte. A conversão do navio Golar Spirit, com a construção e montagem da planta de regaseificação e dos equipamentos criogênicos, foi realizada no estaleiro Keppel, em Cingapura. 

O terminal de Pecém tem capacidade para regaseificar 7 milhões de m³ por dia, que será utilizado para atender, prioritariamente, as termelétricas Termoceará, Termofortaleza e Jesus Soares Pereira, no Rio Grande do Norte. "Esse terminal dará uma contribuição fundamental para a estabilidade do sistema elétrico brasileiro no Nordeste", ressaltou o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Para abastecimento, a Petrobras firmou contratos vinculantes, que asseguram a entrega de GNL a partir da sinalização de demanda, e onze Master Sales Agreement com os principais fornecedores do mundo, entre eles a Shell e o BG Group. 

Stéferson Faria / Agência Petrobras