Nos primeiros seis meses do ano a indústria de bens de capital faturou R$ 28,8 milhões. O valor é 10,1% maior do que o registrado no primeiro semestre de 2006, mas poderia ser ainda maior: parte do consumo – que cresceu 13,7% – foi suprido pela importação de máquinas chinesas, que são vendidas a um custo médio de US$ 5 por quilo.

Só neste ano já foram importados da China US$ 510,39 milhões em equipamentos – principalmente máquinas para a indústria do plástico e têxtil – o que representa um aumento de 103% em relação ao volume importado no primeiro semestre de 2006.

“Não estamos trazendo inovações tecnológicas da China. Somos a favor da importação de máquinas desde que isso traga inovação tecnológica para o setor”, alerta o novo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq, Luiz Aubert Neto.

Ao tomar posse da presidência da entidade, na última sexta-feira, Aubert reafirmou o compromisso de estimular a inovação tecnológica na tentativa de recuperar o espaço perdido. Entre as ações previstas estão a criação de novos grupos de inovação tecnológica dentro da entidade e o desenvolvimento de parcerias com centros de pesquisa – como o IPT, ITA, Fapesp e universidades federais.

Para estimular o comercio exterior haverá o Grupo de Mercados – externo e interno – com o objetivo de transformar a Abimaq em uma agência fomentadora de negócios para os associados, com foco especial nos países da América do Sul – mercado estimado em US$ 9 bilhões.