Ri de Janeiro, 28 de Março de 2006

Definida localização de novo pólo petroquímico no país                               Flávio Bosco

Começa a tomar formas o próximo complexo petroquímico a ser construído no país. O local já está definido: os municípios de Itaboraí e São Gonçalo - na região metropolitana do Rio de Janeiro. A "central de matérias-primas" também já tem quase certa a composição acionária: Petrobras, Grupo Ultra e BNDES devem liderar o investimento de US$ 3,5 bilhões para erguer a Unidade Petroquímica Básica.

A grande inovação está na rota tecnológica: será uma refinaria petroquímica que irá processar petróleo pesado do campo de Marlim para geração de matérias-primas petroquímicas e combustíveis. "Trata-se das águas profundas do abastecimento", disse o diretor da Área de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, numa comparação com a liderança tecnológica alcançada pela companhia na produção de petróleo.

Outros US$ 3 bilhões deverão ser investidos em unidades produtoras de resinas termoplásticas. Incluindo a segunda geração, o pólo terá pelo menos oito fábricas - distribuídas por um terreno de 20 milhões de m².
O cronograma do projeto prevê início de obras em 2007 e operação no final de 2011.

A refinaria vai utilizar 150 mil barris diários de petróleo pesado (19º API) para produzir, por ano, aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil toneladas de paraxileno. Além disso, a refinaria vai gerar 13 mil barris/dia de óleo diesel, 5 mil barris de nafta e 700 milhões de litros diários de coque.

A viabilidade das tecnologias foi validada pelo Centro de Pesquisas da Petrobras - onde estão sendo conduzidos os estudos técnicos de adaptação da tecnologia de craqueamento catalítico fluido para a produção de petroquímicos básicos.


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