Começa a tomar formas o próximo complexo petroquímico
a ser construído no país. O local já está
definido: os municípios de Itaboraí e São Gonçalo
- na região metropolitana do Rio de Janeiro. A "central de
matérias-primas" também já tem quase certa a
composição acionária: Petrobras, Grupo Ultra e BNDES
devem liderar o investimento de US$ 3,5 bilhões para erguer a Unidade
Petroquímica Básica.
A grande inovação está na rota tecnológica:
será uma refinaria petroquímica que irá processar
petróleo pesado do campo de Marlim para geração de
matérias-primas petroquímicas e combustíveis. "Trata-se
das águas profundas do abastecimento", disse o diretor da
Área de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, numa comparação
com a liderança tecnológica alcançada pela companhia
na produção de petróleo.
Outros US$ 3 bilhões deverão ser investidos em unidades
produtoras de resinas termoplásticas. Incluindo a segunda geração,
o pólo terá pelo menos oito fábricas - distribuídas
por um terreno de 20 milhões de m².
O cronograma do projeto prevê início de obras em 2007 e operação
no final de 2011.
A refinaria vai utilizar 150 mil barris diários de petróleo
pesado (19º API) para produzir, por ano, aproximadamente 1,3 milhão
de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas
de benzeno e 700 mil toneladas de paraxileno. Além disso, a refinaria
vai gerar 13 mil barris/dia de óleo diesel, 5 mil barris de nafta
e 700 milhões de litros diários de coque.
A viabilidade das tecnologias foi validada pelo Centro de Pesquisas da
Petrobras - onde estão sendo conduzidos os estudos técnicos
de adaptação da tecnologia de craqueamento catalítico
fluido para a produção de petroquímicos básicos.
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