O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início à
produção da plataforma P-50, que permite ao Brasil atingir
a auto-suficiência em petróleo. Da sala de controle, o presidente,
por computador, ativou o primeiro poço de petróleo conectado
à plataforma e dirigiu-se para a área conhecida como "Avenida
Brasil", por onde chegam as tubulações dos poços.
Após abrir uma válvula, coletou um pouco de petróleo,
molhou as mãos e, num gesto de confraternização,
as colocou sobre os uniformes de dois petroleiros. Depois, repetindo o
gesto do Presidente Getúlio Vargas em 1952.
A solenidade a bordo da P-50 contou com a presença da ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau,
do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara,
Aldo Rebelo, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli
de Azevedo, e dos diretores da Companhia.
A P-50 é o FPSO de maior capacidade do Brasil, podendo produzir
até 180 mil barris diários. A P-50 também terá
capacidade para comprimir seis milhões de metros cúbicos
de gás natural e de estocar 1,6 milhão de barris de petróleo,
e tem comprimento de 337 metros, calado (área submersa) de 21 metros
e 55 metros de altura, equivalente a um prédio de 18 andares.
A unidade instalada no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, é
o resultado da conversão do casco do navio Felipe Camarão,
da frota da Petrobras, em unidade de produção do tipo FPSO.
Essa conversão foi realizada em Cingapura pelo estaleiro Jurong.
O custo total da P-50 foi de US$ 634 milhões. Foram construídos
no Brasil os módulos que ficam sobre o casco e a integração
de todos os componentes da unidade. Essas obras geraram quatro mil empregos
diretos e 12 mil indiretos no Brasil.
A P-50 está ancorada a 1.200 metros de lâmina d´água
no campo de Albacora Leste (Bacia de Campos), projeto que tem participação
de 10% da empresa espanhola Repsol. Albacora Leste está localizado
a 120 quilômetros do Cabo de São Tomé (RJ), ocupando
uma área de 141 quilômetros quadrados, onde a profundidade
varia de 800 a 2.000 metros.
Ao atingir sua plena capacidade de produção - 180 mil barris
por dia - a P-50 vai tornar sustentável o processo de auto-suficiência.
Além desta, três outras plataformas, deverão entrar
em atividade em 2006: a P-34, com 60 mil barris por dia, no campo de Jubarte,
no Espírito Santo; a SSP-300 , com 20 mil barris/dia, no campo
de Piranema, em Sergipe; e o FPSO Capixaba (100 mil barris/dia), no campo
de Golfinho, também no Espírito Santo. Essas plataformas
permitirão que a Petrobras obtenha em 2006 uma produção
média diária de 1 milhão 900 mil barris, o que supera
o consumo de 1 milhão 800 mil barris/dia. Nos próximos anos,
a tendência é que as curvas se distanciem cada vez mais:
em 2010, a Petrobras deverá produzir 2 milhões 300 mil barris,
contra um consumo de 2 milhões de barris diários.
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