O pré-edital da sexta rodada de licitações
de áreas de exploração e produção
de petróleo e gás natural apresentado pela ANP - a
ser realizado em agosto - está trazendo algumas inovações
em suas regras gerais do processo. O objetivo é estimular
a participação de empresas de pequeno e médio
portes no processo licitatório. Ao todo serão licitados
977 blocos - 680 localizados no mar e 297 em terra - distribuídos
em 12 bacias sedimentares.
O documento apresenta três modelos de exploração:
o que envolve áreas exploratórias em bacias maduras
(orientadas para a participação de pequenas empresas
e a continuidade das atividades nestas áreas, já em
estado adiantado de exploração e produção);
outro que envolve áreas em bacias de fronteira tecnológica
e de conhecimento (de forma a atrair investimentos em áreas
não produtoras, algumas vezes ainda pouco exploradas, elevando
o conhecimento geológico disponível e levando à
descoberta de novas províncias produtoras nacionais); e um
terceiro, que traz áreas com grande potencial de descoberta,
orientadas para atrair os médios e grandes investidores nacionais
e internacionais (aí incluídos os blocos azuis - as
áreas devolvidas pela Petrobras, ainda remanescentes da Rodada
Zero).
Entre as novidades previstas no pré-edital estão a
flexibilização do processo de qualificação
técnica para empresas não-operadoras concessionárias
de áreas situadas em águas rasas; a redução
nas taxas de participação para bacias terrestres maduras
e áreas marítimas consideradas novas fronteiras petrolíferas;
a possibilidade de uso do seguro-garantia nos Programas Exploratórios
Mínimos - o que permitiria à companhia reduzir seus
custos caso não encontre reservas de petróleo ou gás.
Houve redução nas taxas de participação
para bacias maduras terrestres e áreas marítimas de
novas fronteiras. A mais baixa é da ordem de R$ 15 mil para
as bacias maduras terrestres de Potiguar, Espírito Santo
e Recôncavo. A mais alta é da ordem de R$ 150 mil,
para águas profundas, nas bacias de Campos, Santos, Espírito
Santo e Sergipe-Alagoas. O bônus de assinatura mínimo
passa a ser estabelecido por bloco, de acordo com metodologia de
avaliação desenvolvida pela ANP. Os valores vão
de R$ 10 mil, para áreas terrestres, a R$ 30 milhões
- para o bloco SEAL-M-495, na Bacia Sergipe-Alagoas, que foi parcialmente
devolvido pela Petrobras e no qual a petroleira fez uma descoberta
de óleo leve em 2003, ainda não declarada comercial.
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