O novo planejamento estratégico aprovado pelo Conselho
de Administração da Petrobras não trouxe grandes
surpresas - pelo menos as esperadas. As novidades ficam por conta
do aumento no valor investido e um pouco mais de ousadia nas áreas
de gás natural e energia.
No período entre 2004 e 2010 a companhia planeja investir
US$ 53,6 bilhões - um valor médio de US$ 7,7 bilhões
por ano. Pelo planejamento vigente até então, entre
2003 e 2007 seriam investidos US$ 34,3 bilhões entre 2003
e 2007 - ou US$ 6,86 bilhões por ano.
Também há mudança no peso dos investimentos:
a área de E&P já não tem o mesmo destaque
dos planos anteriores. US$ 32,1 bilhões - ou 60% do valor
total - serão voltados para a área, que no planejamento
vigente até então absorvia 65% dos investimentos.
Quem ganha com isso são as áreas de gás natural
e energia e transportes - principalmente com a construção
de novos gasodutos, oleodutos e embarcações.
A Petrobras vai buscar a maior parte desses recursos - cerca de
70% - no próprio caixa. O restante será obtido por
financiamentos, project finance ou emissão de ações
- a empresa já dispõe de autorização
do Conselho de Administração para subscrever uma emissão
dos papéis, que deverá promover um aumento de capital
da ordem de US$ 2 bilhões.
"O plano é factível, financiável e sustentável",
disse o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, durante
a apresentação do novo planejamento.
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