Notícias online — Junho de 2004
Brasília, 18 de junho de 2004
Governo do RJ e Petrobras voltam a trocar farpas

Depois de um embate sobre a construção de um oleoduto, a relação entre a governadora do Rio, Rosinha Garotinho, e a Petrobras tem um novo capítulo: o processo de licitação da plataforma PRA-1. "Tenho informações extra-oficiais de que ficou R$ 80 milhões mais cara. Gostaria de ter mais transparência sobre esses dados", disse Rosinha, logo após a solenidade da assinatura de contratação de plataformas, no Palácio do Planalto.

O descontentamento de Rosinha refere-se a parte da obra vencida pelo consórcio formado por Odebrecht e Ultratec, em detrimento da proposta do estaleiro Mauá Jurong, de Niterói.

"Não vi nenhuma reclamação da empresa que teoricamente estaria prejudicada", rebateu o presidente da Petrobras.

Em audiência pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, o presidente da Petrobras, informou que a licitação foi cancelada por preço excessivo, e em seguida foi iniciado processo de negociação direta com as empresas participantes - Mauá-Jurong, Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez e Odebrecht/Ultratec. As propostas das duas primeiras participantes não comprovaram viabilidade técnica para içamento dos módulos.

Dutra demonstrou ainda à Comissão que o preço inicial apresentado pelo estaleiro Mauá-Jurong - R$ 884.531.720,00 - não corresponde ao preço final da proposta do estaleiro - somando-se ao preço inicial as duas cotações em separado feitas pelo estaleiro - uma no valor de R$ 57.125.905,40 para serviços de apoio e logística, e outra no valor de R$ 8.689.089,63 para recursos adicionais de salvatagem. Aplicando-se sobre o total os 4% relativos ao seguros previstos no contrato, que não estavam contemplados na proposta da Mauá-Jurong, a soma atingia o montante de R$ 996.360.583,63. Este valor é, segundo a Petrobras, superior ao valor do contrato firmado com o consórcio CNO/UTC, vencedor da licitação, de R$ 988.968.762,37.

Mesmo sem a construção dos módulos da PRA-1, o Estado do Rio de Janeiro vai receber a maior parte dos investimentos em novas plataformas - um total de R$ 4,9 bilhões nos contratos da P-51 e da P-53..




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