São Paulo, 21 de janeiro de 2003
Preços de matérias-primas mantém alta no primeiro trimestre
O primeiro trimestre do ano será marcado pela alta no preço da nafta e do gás natural. O motivo? O iminente ataque dos EUA ao Iraque e a instabilidade política na Venezuela puxam para cima o preço do petróleo - e conseqüentemente os preços dos derivados.

Além disso, o inverno no Hemisfério Norte aumenta o consumo de óleo e gás para geração de energia e calefação - com isso, a demanda puxa os preços do petróleo. Nas últimas semanas, o preço médio da nafta no mercado europeu ultrapassou os US$ 300/tonelada - maior valor dos últimos sete anos.

A cotação da nafta petroquímica e do gás natural só deve recuar após o primeiro trimestre deste ano. "Com a resolução dos conflitos, há a redução no preço do petróleo, aumentando as margens das petroquímicas", avalia Fabiana Fantoni, analista da Tendências Consultoria. A previsão da analista é que o preço do barril de petróleo atinja uma média de US$ 26 durante o ano - atualmente o barril gira em torno dos US$ 30.

Com a queda no preço da matéria-prima e o aquecimento na demanda de resinas, Fabiana espera a retomada do ciclo de crescimento - que deve atingir o pico entre 2004 e 2006, quando os preços das matérias-primas estarão ainda mais baixos. (FB)