Revista Petro & Química
Edição 364 • 2015

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Tratamento a fundo
 
Após levar os equipamentos de injeção de água para o fundo do mar, petroleiras e fabricantes de equipamentos pesquisam tratamento de água subsea

Entre os projetos de pesquisa e desenvolvimento classi- fi cados pela Petrobras como visão futuro está uma unidade submarina que irá remover o sulfato da água do mar para reinjeção. No campo de Albacora, na Bacia de Campos, a companhia já tem instalados dois equipamentos de injeção de água bruta – e ainda este ano pretende colocar em operação um terceiro equipamento no campo. O desafi o agora é remover, no fundo do mar, os elementos químicos que podem causar problemas nos reservatório, como a geração de ácido sulfúrico.

Pelo menos uma tecnologia, da National Oilwell Varco, já está disponível para esse tipo de aplicação. Tradicionalmente o tratamento de água do mar é feito no topside. No entanto, ambientes mais profundos difi cultam e encarecem o transporte da água até o reservatório. No pré-sal, o uso da tecnologia deverá reduzir o gasto com injeção em vários poços distantes.

O Centro de Pesquisas da GE no Brasil tem uma linha de investigação para levar a estrutura de tratamento da água para águas ultraprofundas. O subsea water treatment será capaz de suportar as altas pressões e baixas temperaturas de lâminas d’água de até 3 mil metros e oferecer diferentes níveis de qualidade da água. O projeto está atualmente em fase de estudo de viabilidade, com análise de materiais que se adaptem as condições de pressão e temperatura do ambiente, componentes que suportem corrosão e novas membranas para efetuar o tratamento.


Medidor de vazão monofásico submarino


A Siemens promete melhorar a confi abilidade da medição com o medidor de vazão submarino monofásico. A qualifi cação, desenvolvimento e fabricação foram realizadas pela Siemens Matre – divisão responsável por equipamentos submarinos – sendo parte do escopo o desenvolvimento de uma confi guração personalizada, realização de terminações e conexões elétricas, execução de testes hiperbáricos e teste “water loop fl ow”. Os cálculos de vazão são baseados em pressão diferencial (dP-pressure), utilizando a tecnologia V-cone ou Venturi, pressão de linha e temperatura de processamento.

O arranjo tradicional – em que um computador no topside é conectado através de cabos elétricos submarinos até um arranjo no leito do mar – pode apresentar desvios, uma vez que os sensores de pressão e temperatura não fazem parte da mesma unidade, gerando pontos distintos de aquisição de dados que serão utilizados para o cálculo da vazão. O novo medidor de vazão irá prover aquisições de dados numa mesma unidade submarina, tendo como “output” pressão absoluta, pressão de linha e pressão diferencial, e poderá se autocalibrar. Ainda é parte desse conceito a tecnologia que proporciona resistência contra formação de hidrato e não obstrução dos elementos sensores.
 
 


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