Edição 359 • 2014

Eficiência Energética com Vantagem Competitiva dentro do Grupo Solvay

 

Leonardo P. Andrade - Coordenador do Programa de Eficiência Energética do Grupo Solvay na América Latina

Visando aumentar a competitividade de seus produtos de maneiro sustentável, o grupo Solvay lançou em 2011 em um desafiador programa de eficiência energética chamado Solwatt. Esse programa objetivava reduzir os gastos energéticos do grupo em 10% até o ano de 2020. O programa nasceu baseado numa metodologia estruturada de trabalho a fim de identificar oportunidades energéticas dentro das unidades produtivas do grupo juntamente com ações de conscientização energética e gerenciamento de indicadores de energia. O programa está implantado desenvolvido em mais de 40 unidades produtivas do grupo e tem a expectativa de atingir a totalidade de suas unidades até o fim de 2016.

 

Redução de emissões atmosféricas com oxidação térmica, um benefício econômico na gestão de uma indústria química
Jon Hommes - Engenheiro – Durr Systems, Inc. 
Tradução: Érika Novous Engenheira – Clean Technology Systems / Durr do Brasil
Atualmente a indústria se sente limitada com relação à startar novos processos, ampliar ou modernizar sua fábrica. Essa limitação provem principalmente em função dos problemas ambientais e de todas as restrições exigidas nas legislações atuais para a obtenção de uma licença ambiental.

As autoridades cada vez mais e mais tem se preocupado com os limites de emissões atmosféricas, porém a indústria enxerga isso apenas como um custo a mais na realização do seu projeto.

A escolha de um sistema correto para controle de emissões de Poluentes Atmosféricos sejam eles perigosos (HAPs) e/ou compostos orgânicos voláteis (VOCs), como a oxidação térmica, permite que essa limitação da indústria mude de cenário, pois os benefícios econômicos podem ser grandes, com rápidos retornos de investimentos e excelente adequação as legislações ambientais em vigor.
 

Eficiência energética e conservação de energia: um caminho para o desenvolvimento sustentável no Brasil
Karlla Karolinne França Lima - Mestranda em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Yanko Marcius de Alencar Xavier - Professor Doutor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
A industrialização, a urbanização e a exploração de novos mercados foram fatores responsáveis pelo aumento da demanda de energia, colidindo, por muito tempo, com a noção de preservação ambiental. A natureza suportava todo e qualquer tipo de atividade econômica praticada pelo ser humano e os recursos naturais eram utilizados de forma desarrazoada e sem preocupação com as gerações futuras. Nesse contexto de degradação proveniente das atividades de produção e cons mo de energia surgem as ideias de eficiência energética e de conservação de energia como uma alternativa capaz de suprir, de forma conjugada, as necessidades econômicas, ambientais e sociais, com vistas a um desenvolvimento sustentável. Por ser um tema atual e oportuno, faz-se necessário uma interpelação teórico-descritiva com vistas a fomentar a busca por soluções energeticamente e fi cientes, a fi m de que seja concre- tizado o ideal de desenvolvimento sustentável no Brasil.
 

Estudo da remoção de H2S utilizando o software desimulação Aspen Hysys
Héllen Dyovana Silva Rodrigues, Ana Paula Meneguelo Universidade Federal do Espírito Santo – Centro Universitário Norte do Espírito Santo – Departamento de Engenharias e Tecnologia – DETEC
Na indústria petrolífera, durante as várias fases do processo de produção, processamento e estocagem do petróleo, podem ocorrer cenários em que se observa a presença de sulfeto de hidrogênio (H 2 S). Com o aumento das exigências ambientais e ocupacionais, a remoção de componentes ácidos, como sulfeto de hidrogênio (H 2 S), de correntes de hidrocarbonetos gasosos ou líquidos é um processo cada vez mais requerido em muitas etapas da indústria de processamento de petróleo e gás. No auge do desenvolvimento de novos métodos e técnicas capazes de solucionar problemas com o máximo de eficiência, buscando menores custos com segurança e respeito ao meio ambiente, propõe-se uma metodologia para a separação do sulfeto de hidrogênio de uma corrente de óleo tratado. Tendo como cenário de análise dados de uma estação de coleta e tratamento de petróleo oriundo de campos onshore , este trabalho possibilitou avaliar a capacidade de retirada do H 2 S do óleo por meio de um método simples de separação baseado em mecanismos físicos. Foram analisadas duas variáveis, pressão e temperatura, na redução da solubilidade do H 2 S no óleo, provocando, consequentemente, sua separação. Utilizou-se no trabalho o software comercial de simulação Aspen Hysys. O software foi selecionado por sua flexibilidade e facilidade em simular diferentes layouts de planta e diferentes parâmetros operacionais. Os resultados mostraram que o aumento da temperatura ou a redução da pressão da corrente de óleo diminuem a solubilidade do H 2 S no óleo.
 

Processo de lodos ativados combinado com carvão ativado em pó no tratamento de efluente de refinaria de petróleo
Juacyara Carbonelli Campos, Carla Rênes de Alencar Machado, Jarina Maria Souza Couto - Programa de Pós Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos - Escola de Química - UFRJ 
Priscilla Lopes Florido, Ana Cláudia F. P. de Cerqueira, Vânia Maria Junqueira Santiago Cenpes - Petrobras
Este trabalho teve como objetivo estudar a adição de carvão ativado em pó ao processo de lodos ativados (PACT - Powdered Activated Carbon Treatment) no tratamento de efluente de re fi naria de petróleo. Na primeira etapa do trabalho, quatro diferentes tipos de carvões ativados foram testados e a remoção de substâncias orgânicas recalcitrantes foi avaliada. Na etapa seguinte, foram realizados experimentos em reatores contínuos simulando o processo de lodos ativados, em escala de laboratório. Foram testadas diferentes condições operacionais, variando TRH (tempo de retenção hidráulica), reposição de carvão e idade do lodo. Os melhores resultados foram alcançados utilizando carvão da marca Norit (SAE Su- per 94009-7), nas condições de TRH=24h, idade do lodo= 30dias, reposição de carvão de 150 mgcarvão/L de efluente e teor de carvão acumulado no reator de 4,5 g/L. Nessas con- dições, as eficiências de remoção foram: 98% de remoção de DQO, 99% de remoção de compostos fenólicos e remoção de toxicidade crônica utilizando o organismo Ceriodaphnia dubia. Além disso, o sistema com lodo e carvão apresentou maior estabilidade de operação quando comparado com reator controle (lodos ativados sem carvão).
 

Uso de biocidas alternativos ao cloro no tratamento de água de resfriamento de indústria petroquímica
Viviane N. da Silva e Sá Programa de Engenharia Ambiental – PEA / UFRJ / Lindomar C. A. de Araújo, Eliana Flávia C. Sérvulo, Leila Y. Reznik, Fabiana Valéria da Fonseca Escola de Química / UFRJ
A indústria petroquímica é conhecida pelo grande consumo de água em seus processos, especialmente em sistemas de resfriamento e geração de vapor. A corrosão microbiologica- mente induzida é um dos grandes e importantes problemas neste setor. Neste estudo, foi avaliada a ação dos biocidas ácido peracético e peróxido de hidrogênio na taxa de corrosão de corpos-de-prova de aço carbono AISI 1020, por ser uma das metalurgias mais utilizadas na indústria. Foram dosados inibidores comerciais de corrosão à base de polifosfato e zinco, nas concentrações de 81,25 e 1,3 mg/L respectivamente. A adição dos biocidas foi realizada a cada 24 horas e o tempo total do experimento foi 165 horas . Embora tenha sido observado um aumento na taxa de corrosão com a adição de biocidas, os valores obtidos mantiveram-se na faixa de classi ficação moderada, de acordo com a norma NACE- RP-07-75. Diante desses resultados, pôde-se concluir que os biocidas testados foram eficientes no controle do crescimento dos microrganismos, apresentando-se potenciais agentes bio- cidas a serem empregados no tratamento de a guas de torre de resfriamento.
 

Bombas centrífugas e eficiência energética
Marcos Tadeu Pereira, Marcio Nunes, Nilson Massami Taira Pesquisadores do Centro de Metrologia Mecânica Elétrica e de Fluídos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-SP)
Bombas e ventiladores são provavelmente os equipamentos utilizados da pior maneira possível do ponto de vista da eficiência energética. Na indústria de refino de petróleo, bombas consomem quase a metade da energia elétrica e a litera- tura mostra que ganhos superiores a 20% são a regra ao se melhorar a instalação ou a operação de sistemas de bombeamento. O artigo mostra o laboratório de ensaios de bombas do IPT e o apresenta três sugestões principais:
a) o projeto hidráulico de uma instalação deve ser sempre balizado pela preocupação com a eficiência energética;
b) os coeficientes de perda de carga utilizados para dutos devem ser reavalia- dos, especialmente para números de Reynolds mais elevados;
c) o programa de etiquetagem de eficiência energética de bombas pode fornecer subsídios importantes para decisões de compras de bombas.
 

Esforço gerencial para implantação de casos de produção mais limpa na indústria petroquímica
Carlos Enrique de Medeiros Jerônimo Doutorado em Engenharia Química Professor da Universidade Potiguar / Janusa Soares de Araújo Doutorado em Engenharia de Petróleo Professor da Universidade Potiguar / Francisco Wendell Bezerra Lopes Doutorado em Engenharia Química. Professor da Universidade Potiguar
Neste trabalho apresenta-se um mecanismo de priorização e hierarquia de proposta de implementação de processos de melhorias técnico-ambientais no cenário produtivo de uma petroquímica, visando a implementação de oportunidades de produção mais limpa, concentradas na redução na fonte de uma forma preventiva e do controle dos aspectos ambientais gerados pelas atividades da unidade. Na metodologia P+L o levantamento de oportunidades, tradicionalmente, começa pelo balanço de massa e energia do processo. Neste trabalho esta etapa foi simplificada, utilizando algumas informações disponíveis na refinaria. A principal aplicação do P+L foi no estabelecimento de critérios de priorização das oportunidades e na busca das soluções das mesmas, sendo utilizada, basica- mente, sua filosofia e não sua estrutura metodológica rígida. Para efeito do cálculo do esforço gerencial foram mensuradas as variáveis econômicas, dificuldades técnicas e ganhos ambientais. Os resultados apontam, dentro de um elenco de 28 oportunidades, quais as vantagens e desvantagens para o planejamento gerencial das intervenções.
 
 

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