Edição 343 • 2012

O crescimento do uso de fluidodinâmica computacional (CFD) nas tecnologias de destilação, FCC e coqueamento retardado na engenharia básica de abastecimento da Petrobras

 

André Gonçalves Oliveira, Guilherme Pimentel da Silva, Washington Geraldelli Petrobras

Karolline Ropelato ESSS


Resumo
A Indústria de Petróleo possui várias aplicações de escoamentos multifásicos. Sendo assim a utilização de técnicas de CFD pode contribuir trazendo soluções mais precisas para problemas complexos. Alguns casos requerem profunda compreensão de fenômenos, como por exemplo, transferência de calor e de massa e a interação gás-sólido. As equipes de processo da engenharia básica do grupo de refino (coqueamento retardado, destilação e FCC) utilizam técnicas de CFD há quase dez anos.

Os casos de CFD tiveram um papel importante no desenvolvimento destas tecnologias. Alguns deles são discutidos aqui, tais como: avaliação de bocais de carga, analise de transferência de calor e massa em seções de vazios, estudo fluidodinâmico de panelas coletoras, separadores ciclônicos e a influência do vortex core no escoamento, resfriamento (quench) do efluente do tambor de coqueamento, e a entrada de carga e chicanas em fracionadoras de unidades de coqueamento retardado.


O estado da arte dos materiais para aplicação na fabricação de equipamentos de processo

 

Edilson Rosa Barbosa de Jesus, IFSP – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo Campus Bragança Paulista

Vinicius Bertolazzi Biscuola, Jaraguá Equipamentos Industriais Ltda


Resumo:
A demanda pela otimização de processos e a necessidade do aumento da confiabilidade dos equipamentos de processo, vêm merecendo atenção especial ao longo dos últimos anos por conta da necessidade de aumento da competitividade das empresas, e da diminuição dos custos com paradas das plantas para manutenção e troca de equipamentos. Na medida em que se deseja que os equipamentos operem com maior eficiência e por tempos mais prolongados, torna-se necessário que os materiais que os compõem possam suportar condições cada vez mais severas de trabalho – condições estas consideradas críticas para materiais comuns (ditos convencionais).

Tais condições de trabalho podem incluir, por exemplo, temperaturas e pressões elevadas e ambientes agressivos (corrosivos e/ou abrasivos), entre outros. Neste contexto, o presente trabalho objetiva efetuar uma revisão bibliográfica nesta área, apresentando o estado da arte do desenvolvimento de materiais para aplicações em equipamentos de processo, suas principais características e particularidades.



A gestão do comissionamento com base num ambiente colaborativo e arquitetura de sistemas de informação abertos

 

Sergei Beserra Analista de Sistemas, Diretor da Indústria Óleo e Gás SAP Brasil

Luciano Gaete Mestre em Administração e Analista de Sistemas, Diretor Executivo - HMSWeb TI Ltda

Fabio Fares Engenheiro Naval, Presidente Forship Engenharia S/A


Resumo
Este artigo analisa o papel do comissionamento e dos aplicativos de Tecnologia da Informação - TI para a gestão integrada de empreendimentos industriais complexos. Tal integração vista de forma ampla e sistêmica, abrange a gestão de diversos agentes: fornecedores, EPC, empresas operadoras – donas dos ativos em questão, inclusive entre os seus departamentos de engenharia, compras, operação, manutenção, meio ambiente entre outros. Nesse contexto, a indústria apresenta uma crescente maturidade quanto à importância do comissionamento, especialmente motivada pelos desafios esperados para os próximos anos, e movimenta-se em direção a iniciativas de padronização das práticas desta disciplina e da busca por uma maior produtividade.

Entretanto, apesar de representar "apenas" mais uma etapa do ciclo de gestação do novo ativo em desenvolvimento, destaca-se neste artigo a relevância do comissionamento, como um sistema aberto, direcionador das decisões que remontam às etapas muito iniciais de projetos desta natureza. Nesse cenário, de complexidade crescente e exigência por uma maior integração, espera-se que as informações fluam e sejam enriquecidas de uma etapa a outra, de um agente para outro, não necessariamente de forma serial, mas sim com muitas sobreposições e revisões constantes – ressalta-se, portanto, a relevância dos aplicativos de TI e o papel central que estes devem ocupar em todas as etapas do empreendimento, desde o projeto básico até a partida dos sistemas e a entrega final (ou handover) da unidade, destacando-se os sistemas de comissionamento e estendendo-se inclusive paras as fases de operação e manutenção. Apresenta-se, por fim, um modelo colaborativo da integração da heterogeneidade representado por uma arquitetura adaptável que ambiciona apoiar de forma efetiva o ciclo de vida do ativo.


Engenharia – operação – manutenção e a automação nas interfaces. Quando?

 

Carlos Eduardo Ribeiro de Barros Barateiro, M. Sc. -
José Rodrigues de Farias Filho, D. Sc. -
Luiz Antônio da Paz Campagnac, D.Sc. Universidade Federal Fluminense


Introdução
A automação tem evoluído num ritmo crescente e particularmente nas ultimas décadas, com o barateamento dos microprocessadores e aumento da capacidade de processamento, essa evolução tem ficado mais nítida aos usuários finais. No entanto os impactos da automação não se refletem apenas para os operadores de uma planta – a automação tem capacidade de ser muito mais do que simplesmente uma ferramenta para o controle de processos. Hoje as soluções escolhidas tem impacto na própria execução dos projetos e muito fortemente na manutenção da planta. Segundo Algaffas (2007) os sistemas de automação de processos representam entre 3 a 5% de uma planta industrial e seu planejamento, projeto ou implementação inadequada podem aumentar esse valor de 10% a 25%. Porém o sistema de automação pode representar 100% de inatividade dessa mesma planta se o projeto ou sua configuração não estiverem corretas.

E o mercado de competitividade atual não permite que os empreendimentos não operem com máximo desempenho. A grande questão que se apresenta é como obter esse máximo desempenho. Muitos imaginam que somente considerar os custos diretos da montagem da planta (projeto, construção, compra dos equipamentos, comissionamento e partida) é suficiente para fazer-se essa análise. Na realidade esse custo denominado Capex (Capital Expenditure) é apenas parte da análise.

O que se precisa analisar é muito mais que isso. Na realidade precisamos considerar o custo total de propriedade (TCO - total cost of ownership) que envolve também os custos de operação da planta (Opex - Operational Expenditure) e essa análise é muito mais difícil porque há muitos parâmetros de difícil quantificação. Mas o fato de termos dificuldades para mensurar esse custo total não significa que não podemos tomar vantagens da tecnologia. Aqui vale o conceito de que é melhor dividir o problema em partes para podermos ter o entendimento do todo. Se não pudermos entender o todo pelo menos são maiores as chances de termos melhorias pontuais que irão contribuir com o aumento do desempenho geral.



Estudo das rotas tecnológicas para produção de biogás

 

Johnson Pontes de Moura - Engenheiro químico, doutorando em engenharia mecânica-UFPE discente do curso de pós-graduação com ênfase em biogás-UNILA

Resumo:
A disponibilidade de biomassa e a falta de gás natural ou diesel favorecem o aparecimento de alternativas tecnológicas sustentáveis para geração de energia elétrica. A indisponibilidade de gás faz com que grandes ativos de geração de energia termelétrica fiquem ociosos, podendo acarretar em aumento da indisponibilidade das usinas, pelo fato de partes dos equipamentos estarem parados.

A utilização da energia da biomassa tem atraído particular interesse nos anos recentes devido à proximidade da extinção das reservas de combustíveis fósseis, o que aponta para o aumento do uso de energia renovável. Este interesse é atribuído aos seguintes fatos, dentre outros: (1) contribui para a redução da pobreza em países em desenvolvimento; (2) consegue suprir necessidade de energia continuamente sem sistemas complexos de conversão; (3) pode entregar energia na forma que as pessoas precisam: combustíveis líquidos ou gasosos, calor e eletricidade; (4) é neutro na produção de dióxido de carbono; (5) pode ajudar na restauração de terras improdutivas e degradadas, na fertilidade do solo e retenção de água (DEMIRBAS, 2009; ROCHA, 2004; RIBEIRO, 2006).



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